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Os abajures Tiffany voltaram à moda?

4 minutos
Louis C. Tiffany se inspirou em grande parte, no design e elaboração dos vitrais da Baixa Idade Média para criar os seus próprios abajures com vidro colorido.
Os abajures Tiffany voltaram à moda?
Última atualização: 24 janeiro, 2019

Há uma grande variedade de objetos que voltaram a ser usados na decoração de interiores, como por exemplo os abajures Tiffany, criados há dois séculos. Eles são muito marcantes, pois suas cúpulas são feitas com um estilo vitral, geralmente multicolorido.

Desde a sua primeira aparição no mercado, eles alcançaram grande popularidade. No entanto, essa popularidade não permaneceu sempre em alta. Na verdade, não foi até 1958 que eles voltaram a experimentaram o auge. Posteriormente, na década de oitenta, eles voltaram a ser incorporados à decoração de interiores.

Do favrile aos abajures Tiffany

Louis Comfort, filho de Charles Lewis Tiffany (o famoso criador da joalheria), foi um artista, designer e decorador de interiores. A sua formação em Belas Artes o levou a se interessar, desde a juventude, pela técnica de fabricação do vidro.

Embora tenha se revelado um empresário de sucesso durante o seu trabalho na empresa da família, o seu desejo de se dedicar exclusivamente à arte do vidro levou à sua dissolução. No entanto, em pouco tempo ele conseguiu fundar o seu próprio negócio em 1885, que entrou para a história com o nome de ‘Tiffany Studios’.

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Louis estudou com grande meticulosidade como imitar as técnicas de fabricação do vidro da Baixa Idade Média e, especialmente, do século XIV.

Finalmente, ele conseguiu introduzir uma mudança muito inovadora no procedimento que foi um sucesso total; ele integrou a cor no processo de fundição do vidro, e com isso, alcançou uma maior variedade de cores e tonalidades.

Esta técnica foi chamada de ‘Favrile’. Com o passar do tempo, o seu criador decidiu ampliar o uso desse termo para denominar a produção de todos os produtos da empresa: vidro, esmaltes e cerâmicas.

Nos Estados Unidos, Louis Comfort Tiffany se tornou o maior expoente da Art Noveau.

Luz para iluminar a arte

Quando as lâmpadas elétricas começaram a ser comercializadas, Louis encontrou nelas uma grande oportunidade. Então, pensou que ele poderia aproveitar a luz das lâmpadas para iluminar as suas obras de arte. A partir daí, surgiu a ideia de criar um abajur com uma cúpula de vitral.

A iluminação fornecida pela lâmpada ajudaria a desfrutar, mesmo durante à noite, do esplendor dos vitrais.

Os abajures Tiffany começaram a ser comercializados a partir de 1895. O design consistia de uma base de bronze polido e uma cúpula de vidro favrile, cujas peças eram cuidadosamente cobertas com uma fina camada de cobre. Quanto à soldagem, ela era feita de chumbo, embora atualmente tenha sido substituída por uma mistura de estanho e chumbo.

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Não é surpreendente que, graças à alta qualidade do trabalho de mais de 300 artesãos, os abajures Tiffany tenham entrado para a história como joias da decoração. Por isso, até hoje, os modelos originais têm um custo muito elevado. No entanto, existem imitações a um custo muito acessível.

Uso decorativo

Sem dúvida alguma, os abajures Tiffany são um objeto decorativo de prestígio. Por isso, muitas pessoas gostam de exibi-los em áreas comuns como halls de entrada, salas, corredores e até mesmo cozinhas.

Durante o século XIX, os modelos de mesa foram um marco na decoração de escritórios e salas de estar. No entanto, os modelos de chão também foram muito utilizados. No final dos anos 50, os modelos de teto alcançaram uma grande popularidade.

Na década de 80, os decoradores de interiores voltaram a utilizar os abajures Tiffany na decoração de interiores. E ainda que, atualmente, talvez não se possa falar de uma clara predominância, esses objetos continuam a chamar a atenção de muitas pessoas.

Faça o seu próprio abajur Tiffany!

Para desfrutar de um belo abajur Tiffany em casa, nem sempre é necessário gastar uma grande quantia em dinheiro. Você poderá fazer uma imitação em poucos passos e com poucos materiais. Na verdade, você só vai precisar de:

  • Palito.
  • Pincel.
  • Álcool. 
  • Um pedaço de tecido.
  • Marcador permanente.
  • Tubo de chumbo (para contornos).
  • Tintas para vidro (à base de água).
  • Cúpula ou tulipa de vidro fosco.
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O procedimento é muito simples. Primeiramente, o pano ou pedaço de tecido é impregnado com álcool para limpar a superfície da cúpula. Em seguida, passamos a traçar o desenho desejado com o marcador.

Espere a tinta do marcador secar e contorne o desenho com o chumbo. Não há necessidade de pressionar demais o tubo, pois caso contrário, o traço ficaria muito grosso.

Agora, enquanto ele endurece, é necessário pressionar o chumbo levemente com a ajuda de um palito, para que dessa forma o acabamento fique mais fino. O passo seguinte é colorir com o pincel cada uma das seções do desenho. Após terminar, deixe secar e pronto!